Tu,
cujos olhos, desde teu introito,
fizeram-me ansiar promulgar nossos laços
num poético sacro conúbio
com a eternidade da vida.
Tu,
cujo humor e alegria
fariam Schopenhauer desprender-se
de seu abismo de melâncolia
Do seu mundo distópico e caótico.
Tu,
cuja voluptuosidade que me atinge
é semelhante às passagens de Nietzsche…
quando alcança minha vontade de Leão,
és o mais cordial,
és as flores embalsamadas
e os campos da literatura bucólica,
és a liberdade de um escravo comprado.
Tu,
que me transformas de ordinário em extraordinário
com o mundo que crias ao teu redor,
tão belo e justo
quanto o mundo idealizado por Sócrates e Platão.
Tu,
que, por fim,
me fazes nadar no mar da poesia romântica,
pois meu mundo contigo
é o mundo onde sempre quero viver.
Obrigado!
Pedro Múcio